Proibido tanto quanto desejável, seus lábios eram pequenos com contornos perfeitos, ao leve passar de língua sobre eles, despertavam meus sentidos e minhas insanidades.
Enquanto ela dormia era teu guarda, talvez, seu vilão... Não conseguia resistir ao seu cheiro de flores, jasmim pra ser mais específico. Tornei-me seu agressor, penetrando em sua mente, fazendo de seu sonho o mais impuro, o mais sombrio possível.
Enquanto ela corria por uma estrada de folhas secas, onde árvores cobriam a visão do céu, o que ela via eram apenas fios de luzes, que a lua cheia mostrava por onde seguir. Ao segui-la começou a se excitar na cama. Tornei seu prazer possível com ilusões baratas. Quanto mais ela corria, maior era seu gemido no quarto, menor era minha resistência sobre seu corpo descoberto. Após tanta correria ela ficou diante de um cemitério, e eu, estava atrás dela. Quando ela se virou levou um susto calado, eu a confortei: - Não irei lhe fazer nenhum mal! Paralisada ela não soube o que fazer, então, eu me abaixei e por baixo de seu vestido, fiz o mesmo movimento no quarto.
Comecei a beijar teus pés, fui subindo seu vestido devagar, minha língua acompanhou o movimento alcançando tuas coxas, os gemidos foram intensificando. - Sem calcinha? Menina malvada! De gemidos a respiração se tornou ofegante. Deitei-a sobre um tumulo e com a mesma audácia invadi seu ser, só que dessa vez não foi sua mente, em seu sonho, fui mais além. A cada segundo junto de seu corpo me tornava insaciável. A lua se fez presente, ocorrendo então o Eclipse Lunar, o êxtase de ambos foram mais que escandalosos. Quando sai de sua mente e estava partindo, ela despertou e sussurrou solenemente: - Não demore para voltar!

Por trás de todos os rostinhos bonitos existem demônios cruéis aguardando o momento certo de se libertarem. Não sou diferente e nem tento disfarçar, sou muito transparente com relação aos meus sentimentos.
Ultimamente tenho agido de forma muito alternada, inconstante, desprezível. Acordo ás 5h da manhã para correr (literalmente), cuidar da saúde, porém, no primeiro raio de Luz que se inicia traz com ele uma leve revolta junto de um desânimo, uma leve dor no peito como se minha alma fosse evaporando a cada instante diante do sol. Meus olhos ardem feito chamas e a cabeça lateja efeito martelo-prego.
Meu refugio é um quarto escuro, com algumas partes da parede em preto e estrelas pratas, símbolo de um passado presente que não merece detalhes.

Sorte sua que nunca amou. Ser independente é melhor que tornar-se uma brigada de sentimentos traiçoeiros.
Meu mundo está dividido em duas partes, ora vou pela sombra e noutra sigo pela luz. Sinto meu interior em constante guerra, onde o eclipse se faz de luz e sombra com a mesma vibração de meu coração.
E no silêncio da escuridão que uma voz doce suspira ao meu ouvido trazendo com ela a insistência de um novo dia, mas é quando o sol se faz presente, que uma voz grave me leva ao submundo.